Eu desisto, amor

“Eu poderia te jogar na cara todas as promessas que me fez e não ousou em cumprir nenhuma delas, assim como poderia te lembrar de que só você tem a formula de me fazer bem, de se sentir segura e suficiente, de se sentir uma pessoa melhor do que realmente sou. Você sabe, eu sei e todo mundo também sabe, do quanto você me faz mal, é como se você me ajudasse a construir um castelo de areia e logo em seguida jogasse um balde d’agua nele, água gelada. Você me alimenta de esperanças, me faz idealizar tanta coisa, mas depois acaba com tudo isto, e por conta disso e tantas outras coisas, posso dizer que você é um dos piores tipos de cafajestes que existem, porque você me alimenta e depois me deixa desnutrida. Eu estou cansada dessa mesmice, cansada de tanto falar, escrever, gritar e não ter resultado algum, como se falasse para o vento e ele carregasse minhas palavras pra bem longe, longe de você. Poderia continuar insistindo, mas não tem como, não enquanto continuar existindo incertezas da sua parte. Talvez seja o melhor pra nós, ou melhor, pra você. Eu desisto. Desisto de você. Desisto de mim. E acima de tudo, desisto de nós. É um ato que não pode ser julgado, e muito menos ser usado para concluir que não existe amor, pois existe, infelizmente. Amar não é sinônimo de ficar junto e de continuar lutando pela tal pessoa, de necessitar ficar por perto, às vezes o maior ato de amor é o de desistir, de deixar o caminho livre, tirar o peso das costas, de desejar a felicidade do amado, mesmo que você tenha que ser excluída da história, e principalmente, desejar a própria felicidade.”

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