Coisas da vida

Ser transparente tem lá suas vantagens, mas tem momentos em que isso é uma merda. Sentimentos que deveriam ser mantidos às sete chaves ficam como que objetos expostos em uma vitrine, para qualquer um ver. 
Na maioria das vezes eu sei que o que devo fazer é me calar e agir como se nada estivesse acontecendo, mas eles falam bem mais alto que eu. Gritam, esperneiam, e como se pegassem uma megafone fazem questão de gritar pra Deus e o mundo o que está se passando aqui dentro. Não medem as palavras de forma alguma. Mas fazer o quê, são coisas da vida. 
Ser transparente tem lá suas vantagens, mas ficar vulnerável assim não é algo que me agrada muito. Prefiro expor o que sinto apenas para aqueles que verdadeiramente irão se importar e, mesmo que não entendam, farão um esforço para tentar entender. 
Alguns chamam isso de egoísmo, eu chamo de autodefesa. É que conforme você vai crescendo você descobre  que não existe quem seja mocinho ou vilão, existem mocinhos e vilões em um só. São coisas da vida, a gente tem que se acostumar. 
Por fim, a gente se acostuma a viver com os sentimentos fazendo auê por aí. Por mais que muitas vezes isso não me agrade, é assim que eu sou. Já tentei mudar, mas foi tudo em vão. É que ninguém me ensinou como esconder sentimentos, eu tive que me virar sozinha. Algumas vezes eu até que consigo levar numa boa, em outras o desastre é certo. Mas o que eu posso fazer, afinal? São coisas da vida. Né?! 

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